Governo vai instalar posto para acolhimento de deportados em BH
O governo federal vai instalar um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. Foi o que informou, no início da noite desta terça-feira (28), a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, após reunião com o presidente Lula, no Palácio do Planalto. 
Segundo a titular da pasta, o objetivo é “trabalhar para garantir que famílias não venham separadas e que esses passageiros tenham boas condições de água, alimentação, inclusive de temperatura”.
No encontro, foi discutida a situação do voo em que foram repatriados 88 brasileiros que estavam nos Estados Unidos ilegalmente e como será a acolhida de novos deportados daqui para frente, a partir do diálogo com autoridades norte-americanas.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo brasileiro está trabalhando para encontrar soluções e formas adequadas para que cheguem ao Brasil os repatriados com absoluto respeito aos direitos humanos e condições necessárias de viagem. O ministro pediu que “as deportações (...) sejam feitas atendendo aos requisitos mínimos de dignidade, respeito aos direitos humanos, atenção necessária aos passageiros de uma viagem dessa extensão”.
Mauro Vieira também respondeu questionamento dos jornalistas sobre o uso de algemas em deportados, destacando que, em solo nacional, o recurso será proibido.
O chanceler informou ainda que o Brasil vai participar da reunião da Celac, Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, na próxima quinta-feira, dia 30, para tratar das deportações, pelo governo norte-americano, de imigrantes ilegais. O encontro foi solicitado no último domingo pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e confirmado pela presidente de Honduras, Xiomara Castro, que também preside a Celac.
O pedido ocorreu após Petro recusar a entrada de aviões militares dos Estados Unidos que levavam imigrantes colombianos de volta ao país de origem. Após embates pelas redes sociais, inclusive com a imposição de tarifas aos produtos importados de ambos os países, o impasse foi superado quando Gustavo Petro concordou com a repatriação dos migrantes.
