Viva Maria: Seminário debate doenças tropicais negligenciadas
Viva Maria desta terça-feira destaca a iniciativa do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, que promove em Brasília o segundo Seminário Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas. Este evento, com foco em questões de saúde pública, aborda temas como o impacto dessas doenças na população pediátrica e estratégias para sua eliminação.
O seminário, que terá início nesta quarta-feira (29) no auditório da Opas, será presencial e contará com a solenidade "Conhecer e cuidar de Janeiro a Janeiro". A iniciativa representa um marco no movimento pela eliminação da hanseníase, reforçando a luta por um Brasil mais saudável e livre do estigma e discriminação associados à doença.
Entre os participantes da luta por essa causa está Pollyane Medeiros, jornalista, ativista e mulher que venceu a hanseníase. Membro da coordenação do Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas, Pollyane compartilha sua história e as estratégias para combater as doenças negligenciadas no Brasil.
"Fui diagnosticada com hanseníase em 2009 graças à sensibilidade de uma amiga técnica de enfermagem. Conversando comigo, ela identificou os sinais e sintomas que eu relatava, como sensação de choques, indisposição e dor no braço esquerdo. Mesmo sem manchas aparentes, ela suspeitou da doença e me incentivou a buscar diagnóstico", relembra Pollyane.
A partir do diagnóstico, Pollyane transformou sua experiência em ativismo. Desde 2014, ela integra movimentos sociais como o Morhan . Mais recentemente, passou a atuar no Movimento Nacional das Doenças Negligenciadas (MNDN), fundado em 30 de janeiro de 2024, data que marca o Dia Mundial das Doenças Negligenciadas.
"Nosso maior desafio ainda é o preconceito e a desinformação. É preciso desmistificar essas doenças por meio da educação em saúde", explica Pollyane. Nesse sentido, iniciativas como o projeto Salas de Espera têm ganhado força. "A proposta é oferecer informação clara e objetiva para as pessoas enquanto aguardam atendimento em unidades de saúde. Assim, fortalecemos o conhecimento sobre sinais e sintomas, estimulando o diagnóstico precoce e a prevenção", completa.