Volume morto de reservatório do Rio de Janeiro deve ser usado no início de 2015
O reservatório do Funil, no Rio de Janeiro, que integra o sistema do Rio Paraíba do Sul, começará a operar com o volume morto no início de janeiro. A avaliação foi feita hoje (22), durante reunião do Grupo Técnico de Acompanhamento de Operações Hidráulicas (GTAOH).
O diretor executivo do Comitê Guandu, Julio Cesar Antunes, que participou do encontro, informou que isso ocorrerá porque a quantidade de chuva não tem sido necessária para a recuperação dos níveis de água do reservatório. “No início do ano que vem, começaremos a usar o volume morto. A situação é preocupante, mas há a possibilidade de usarmos por um período”, salientou.
Segundo o diretor, os técnicos projetam dificuldades para 2015. Ele explicou que, apesar do verão, a fase é chamada de período de cheia. Entre junho e agosto, é considerado período de estiagem, com pouca chuva. “Se não conseguirmos repor, no período da estiagem é menor a probabilidade, a menos que haja um fenômeno alterando o comportamento meteorológico", esclareceu.
De acordo com Antunes, as medidas necessárias são discutidas em reuniões semanais, com a participação de integrantes de instituições ligadas ao setor, como a Agência Nacional de Águas (ANA), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgãos ambientais e companhias energéticas.
“Realizamos uma série de ações para adaptação a níveis mais baixos. Há uma quantidade de água, mas cada vez mais a disponibilidade diminui. Por enquanto, a situação não é alarmante como a de São Paulo, mas é conveniente que economizemos água. Todo mundo deveria ter essa cultura normalmente”, avaliou.
Antunes informou que a próxima reunião do GTAOH está marcada para o dia 30 deste mês.