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Funcionários abraçam Santa Casa de SP em protesto contra salários atrasados

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/04/2015 - 11:25
São Paulo

Médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e funcionários da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo protestaram na manhã de hoje (1º) com um abraço simbólico ao prédio da instituição. 

A manifestação teve por objetivo reivindicar o pagamento de salário e décimo terceiro (com as respectivas multas por atraso), além de mudanças administrativas. A crise financeira impediu que os pagamentos fossem feitos no fim do ano passado.

“Mudanças na administração precisam ser feitas para salvar a instituição. Reivindicamos uma administração mais transparente, moderna e ágil. Precisamos de uma reforma do estatuto para permitir essa flexibilização. Queremos, além disso, eleição do diretor clínico, plano de cargos, salários internos e pagamento de todos os direitos trabalhistas em atraso”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos, Eder Gatti.

A manifestação reuniu cerca de 70 pessoas, que caminharam em silêncio pelos arredores da Santa Casa. Segundo os sindicatos, a instituição emprega 600 enfermeiros e 1,5 mil médicos.

Segundo Gatti, dos 1,5 mil médicos, 500 estão sem receber o salário de novembro e nenhum recebeu o décimo terceiro. Os sindicatos são contra a sugestão da direção do hospital, de quitar os pagamentos em 36 parcelas.

Representantes sindicais acompanham a venda de um imóvel avaliado em R$ 60 milhões, destinado à quitação das dívidas trabalhistas da Santa Casa. Eder Gatti defendeu uma mudança na estrutura administrativa para acelerar o processo.

“As coisas andariam mais rápido se a administração fosse mais flexível, mais objetiva. A Santa Casa tem um estatuto que mantém há vários séculos a mesma forma de administração. Isso precisa mudar”, acrescentou.

A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que a instituição não irá se pronunciar.