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Rio registra baixa procura na vacinação contra o HPV

Da Agência Brasil
Publicado em 25/08/2015 - 19:35
Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro está abaixo da média nacional de vacinação contra o vírus HPV, o Papilomavírus humano. A campanha faz parte do calendário obrigatório do Ministério da Saúde. A meta é imunizar 80% do público-alvo (meninas de 9 a 11 anos), mas, do início do ano até ontem (24), o estado registrou a imunização de apenas 43,51% da faixa etária estabelecida pela pasta.

A média nacional de vacinação é 49,63%, também abaixo do objetivo do governo. A Secretaria de Estado de Saúde alertou que alguns municípios fluminenses ainda não alcançaram nem 20% da cobertura.

Em nota, a secretaria informou que a vacina contra o HPV é segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenção do câncer do colo do útero, terceiro tipo mais frequente na população feminina e terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

A estimativa oficial é que a infecção pelo HPV já atingiu entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial. No entanto, a maioria das infecções é transitória, sendo controlada pelo sistema imunológico da pessoa, regredindo espontaneamente.

Normalmente, a infecção causa verrugas de tamanhos variáveis. Em alguns casos, homens e mulheres podem estar infectados sem apresentar sintomas, com alterações nas células e com a possibilidade de evolução, no caso das mulheres, para o câncer de colo de útero. “Nas mulheres, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e no colo do útero. Nos homens, é mais comum na cabeça do pênis e na região do ânus. As lesões do HPV também podem aparecer na boca e na garganta”, esclareceu a secretaria.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que as causas da baixa procura pela vacina são o fato de o vírus ser sexualmente transmissível e a idade do público-alvo, mais difícil de ser convencido. “Como o HPV é sexualmente transmissível, as pessoas não se sentem vulneráveis, acreditam que é uma realidade muito distante. Por isso, muitas não procuram os postos de saúde para se vacinar. É fundamental que as pessoas tomem as três doses: a segunda, seis meses após a primeira, e a terceira, cinco anos depois.”

Em março de 2014, a vacina contra o HPV foi disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde. No mesmo ano, cinco milhões de meninas de 11 a 13 anos foram vacinadas. “A vacina é uma das formas mais eficazes de proteção contra o vírus e o câncer de colo de útero”, acrescentou Chieppe.