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Salão de beleza no Rio é interditado com frascos de metacril vencidos

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/08/2018 - 23:17
Rio de Janeiro

Policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) encontraram hoje (1º) cerca de 300 caixas de polimetilmetacrilato (metacril), silicone industrial, identificado pela sigla PMMA em um salão de beleza em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A ação contou com apoio de fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Vigilância Sanitária de Nova Iguaçu. A proprietária do salão, Fernanda Silva de Almeida, não estava no local, mas foi presa em casa e levada para a Decon para prestar depoimento.

O metacril encontrado no salão estava com a data de validade vencida e foi apreendido pela polícia. No local também tinham vários frascos de anestésico e uma máquina que seria usada para fazer lipoaspiração. O imóvel na Vila Iracema é uma casa de três andares com piscina e, de acordo com a denúncia, seria usada para fazer procedimentos estéticos de glúteos e lipoaspiração. A casa foi lacrada pela Vigilância Sanitária por falta de alvará de funcionamento.

Fernanda Silva de Almeida, de 39 anos, nas redes sociais era conhecida como Doutora Enfermeira, e seria técnica de enfermagem, sem condições técnicas de fazer qualquer tipo de procedimento estético nas pacientes.

De acordo com a delegada titular da Decon, Daniela Terra, a proprietária do salão de beleza é conhecida em Nova Iguaçu como Fernanda Enfermeira. “No salão tinham medicamentos impróprios para consumo com vencimento vencido. Ela vai responder por exercício ilegal da medicina, crime de produto vencido, entre outros”.

Laudo do IML

O Instituto Médico-Legal (IML) divulgou hoje (1º) um laudo sobre a morte da bancária Lilian Calixto, 46 anos, que veio no mês passado, fazer um procedimento de preenchimento nos glúteos com o médico Denis Cesar Barros Furtado, 45 anos, no apartamento dele, uma cobertura na Barra da Tijuca. Após o procedimento estético, a paciente passou mal e morreu horas depois no Hospital Barra d’Or, vítima de complicações da cirurgia.

O documento aponta que a paciente morreu vítima de embolia pulmonar, com um quadro de falência de órgãos, como fígado e rim.

Denis Barros Furtado, sua namorada Renata Cirne e a mãe Maria de Fátima Furtado, que também é médica, mas com o registro profissional cassado, estão presos temporariamente, acusados pela polícia de homicídio qualificado e associação criminosa. A técnica de enfermagem Rosilene Pereira da Silva responde ao inquérito em liberdade.

Com a divulgação do laudo, a delegada Adriana Belém, responsável pelo inquérito da morte da bancária, vai pedir a prisão preventiva do médico Denis Furtado, também conhecido como Doutor Bumbum, e dos outros indiciados no inquérito.