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Governador do Rio volta a defender uso de snipers na segurança pública

Isabela Vieira - Reportagem da Agência Brasil 
Publicado em 02/04/2019 - 15:31
Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, fala à imprensa após reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, no  Palácio do Planalto.
© Antonio Cruz/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, voltou a defender hoje (2) o uso de snipers na segurança pública. Em entrevista no fim de semana, ele disse que os atiradores de elite já estavam atuando e motivou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) a pedir explicações. Os promotores querem saber se policiais civis ou militares estão executando pessoas portando fuzis e oficiou os chefes das duas corporações ontem (1).

O uso de snipers para matar pessoas portando fuzis era uma das promessas de campanha do governador. Hoje, na Laad Defence & Security, a maior feira de negócios da área de defesa e segurança da América Latina, Witzel avaliou que não há conflito entre uma execução por snipers e as garantias constitucionais, como o direito à vida e a um julgamento justo, expressos também na Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU).

Witzel disse que atenderá aos ofícios do MPRJ citando também leis em vigor. "Vamos responder [ao MPRJ] aquilo que tem que ser respondido. A polícia tem que usar os meios necessários para proteger a população", disse em rápida entrevista à imprensa. “É legítima defesa da sociedade. Está no Código Penal desde 1940".

No fim de semana, em entrevista ao jornal O Globo, o governador confirmou que snipers estavam sendo usados, mas que não havia divulgação porque tratam-se de ações sigilosas. O MPRJ abriu, então, dois inquéritos civis para investigar as rotinas operacionais das polícias

Na Laad, Witzel evitou comentar o roubo de uma arma no primeiro dia da feira. Ele disse que não acessou o celular desde a chegada ao evento e que não tinha atualizações sobre o caso. Uma pistola modelo APX Compact 9 mm foi furtada do estande da empresa multinacional Beretta Defense Technologies, onde estava em exibição. Não há suspeitos identificados.