Defesa abandona júri e julgamento da chacina no Pavilhão 9 é remarcado
A sessão de julgamento do ex-policial militar Rodney Dias dos Santos, acusado de participar da chacina na sede da torcida organizada do Corinthians Pavilhão 9, ocorrida no dia 18 de abril de 2015, em São Paulo, foi interrompida na manhã de hoje (29), após o advogado do réu ter abandonado o plenário. A juíza Giovanna Christina Colares, do 5º Tribunal do Júri, remarcou para 10 de junho a retomada do julgamento.
O julgamento de Santos havia começado ontem (28) com o depoimento de testemunhas e o interrogatório do réu, e seguiria hoje com os debates e a decisão do júri, formado por sete pessoas.
Na chacina morreram oito pessoas após três pessoas armadas terem entrado na sede da torcida organizada do Corinthians, logo após um churrasco. Doze torcedores ainda estavam no local quando os três criminosos chegaram. Quatro conseguiram fugir, mas os demais foram obrigados a se ajoelhar e, depois, a se deitarem no chão. Todos foram executados. Sete morreram no local. A oitava vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
Duas pessoas foram presas acusadas pela chacina: o policial militar Walter Pereira da Silva Junior e Rodney Dias dos Santos, um ex-policial militar. A terceira pessoa não foi identificada. Por falta de provas ou de indícios suficientes de autoria, Silva Junior foi impronunciado pela Justiça em dezembro de 2017. Já Santos continua preso preventivamente pelos assassinatos e responde a processo.
Segundo a denúncia, Santos, que também seria um membro da organizada, teria desavenças com Fábio Neves Domingos por disputa na venda de entorpecentes na região do Ceasa e por problemas na gerência da Pavilhão 9. Os demais teriam sido mortos porque reconheceram os atiradores.
Na ação, foram mortos Fábio Neves Domingos, Ricardo Júnior Leonel do Prado, André Luiz Santos de Oliveira, Matheus Fonseca de Olivera, Jhonatan Fernando Garzilla Massa, Jonathan Rodrigues do Nascimento, Marco Antônio Corassa Junior e Mydras Schimidt Rizzo.