Secretário de Estado diz que EUA preparam mais sanções contra a Venezuela
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, afirmou nesta quarta-feira (14) que o governo de Donald Trump está trabalhando em uma "lista robusta" de indivíduos da Venezuela para ampliar as sanções aplicadas às violações de direitos humanos no país.
"Estamos trabalhando com o Departamento do Tesouro para elaborar uma lista muito robusta de indivíduos para sancionar", disse Tiller durante uma audiência no Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados, no Brasil).
A declaração foi uma resposta à pergunta da congressista republicana Ileana Ros Lehtinen, que pediu que o governo dos EUA inclua mais pessoas que estejam violando direitos humanos na Venezuela nas punições, citando as várias mortes ocorridas nos protestos registrados no país nos últimos dois meses.
Tillerson recordou que, há menos de um mês, o Departamento do Tesouro já puniu juízes do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela por "usurparem a autoridade" da Assembleia Nacional.
Uma fonte do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou à Agência EFE que uma "ampla gama de sanções" contra a Venezuela está sendo considerada, mas nenhuma decisão foi tomada.
Segundo a imprensa americana, o governo de Trump está avaliando, inclusive, sanções contra o setor energético da Venezuela, e um dos alvos poderia ser a petrolífera estatal PDVSA. A Casa Branca, porém, não confirma informação. As informações são da EFE.
Tillerson destacou hoje que o governo Trump vai continuar envolvido nos esforços regionais para pressionar por uma solução para a crise política da Venezuela, especialmente dentro da Organização de Estados Americanos (OEA).
A estratégia da diplomacia americana, disse Tillerson, deve ser "produtiva e construtiva" para evitar ser utilizada pelo regime de Nicolás Maduro como uma ferramenta para justificar suas ações.
A Venezuela vive desde 1º de abril uma onda de protestos contra e a favor do governo. Alguns deles terminaram em violência e foram reprimidos pelas autoridades, deixando até o momento 69 mortos e mais de 1 mil feridos, segundo o Ministério Público.