Número de mortes em naufrágio na Tanzânia sobe para 126


O ministro de Transportes e Comunicações da Tanzânia, Isack Kamwelwe, informou nesta sexta-feira (21) que pelo menos 126 pessoas morreram no naufrágio de um barco ocorrido ontem no Lago Vitória, o maior do continente africano, localizado na região norte do país.
Após a retomada dos trabalhos de resgate, 82 corpos foram encontrados hoje, conforme disse o delegado da região de Mwanza, John Mongella, ao jornal The Citizen.
Até ontem, 44 corpos de vítimas da tragédia haviam sido retirados das águas do lago.
O número de mortos pode aumentar nas próximas horas, já que dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas.
O ministro dos Transportes, que acompanha o caso no local, informou que, até o momento, 36 vítimas foram identificadas por parentes.
O número de sobreviventes é estimado em 37, sendo que 25 estão internados, de acordo com informações do diretor-geral da Polícia Federal da Tanzânia, Simon Sirro, que também acompanha os trabalhos de resgate.
O Mv Nyerere naufragou ontem no Lago Vitória, a apenas 50 metros do porto onde atracaria. A balsa fazia o trajeto entre as ilhas Ukerewe e Ukara transportando cerca de 400 passageiros, apesar de a capacidade máxima ser de 100 pessoas e 25 toneladas de carga.
As operações para tentar encontrar sobreviventes e resgatar corpos foram interrompidas ontem à noite e retomadas na manhã de hoje.
O presidente tanzaniano, John Magufuli, prestou condolências às famílias das vítimas e desejou a rápida recuperação dos feridos. Por sua vez, o primeiro-ministro do país, Kassim Majaliwa, suspendeu uma viagem oficial programada para ir à região.
O barco era operado pela empresa estatal Agência de Serviços Eletrônicos e Eletromecânicos da Tanzânia (Temesa) e a oposição não demorou para culpar o governo pelas condições da embarcação.
James Mbatia, presidente do partido NCCR Mageuzi, acusou o governo de não fazer a manutenção do barco, apesar de conhecer os problemas que tinha. Ele também afirmou que a interrupção dos trabalhos de resgate ocorreu por falta de equipamentos adequados.
Governos de países vizinhos, como Quênia e Ruanda, enviaram mensagens de apoio e solidariedade.
