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Internacional

Após ciclone, Moçambique enfrenta risco de surto de cólera

Agência Brasil*
Publicado em 26/03/2019 - 07:37
Brasília
A Women walks after receiving parcel from an aid organisation after Cyclone Idai, near Dondo village outside Beira, Mozambique, March 24, 2019. REUTERS/Siphiwe Sibeko
© Reuters/Siphiwe Sibeko/Direitos Reservados

Pouco mais de 10 dias depois de o Ciclone Idai passar por Moçambique, o país está sob alerta do cólera. Segundo as autoridades estrangeiras, há vários registros de mortes em decorrência da doença nos centros de acolhimentos.

Na região da cidade de Beira, a mais atingida pelo desastre, há 228 mil pessoas abrigadas em ambientes sem condições de higiene. A Cruz Vermelha Internacional advertiu que Moçambique enfrenta momento delicado e cercado de ameaças. A comida é escassa.

O cólera, o tifo e a malária são doenças que se alastram em ambientes de pouca higiene. No caso do cólera, a transmissão é via água contaminada, o tifo por meio de batéria que entra em contato com vetores e contamina os seres humanos. No caso da malária a  transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium 

Pelos últimos dados, morreram 446 pessoas em Moçambique. Para as agências humanitárias, o desastre em Moçambique tem semelhanças com as tragédias humanitárias do Iêmen e da Síria.

Prevenção

A Cruz Vermelha informou que adotou uma série de medidas para impedir os surtos no país, inclusive com a instalação de dois hospitais de campo de emergência seguirão. Os hospitais podem fornecer serviços médicos, cirurgias de emergência, bem como internação e atendimento ambulatorial para pelo menos 30 mil pessoas.

Um vôo de carga deve desembarcar, nos próximos dias, em Moçambique com voluntários e água tratada para atender 15 mil pessoas por dia.

Fundos de emergência devem fornecer assistência para cerca de 200 mil pessoas, enviando água, saneamento e higiene, abrigo, saúde, meios de subsistência e serviços de proteção nos próximos 24 meses.

O ciclone Idai afetou mais de 1,85 milhão de pessoas em Moçambique, de acordo com as Nações Unidas. A estimativa é que 483 mil pessoas tenham sido deslocadas pelas inundações, que destruíram e submergiram uma área de mais de 3mil quilômetros quadrados.

Confira na Radioagência Nacional: Brasil enviará ajuda humanitária para Moçambique; ciclone deixou 700 mortos

Saiba mais na TV Brasil: Moçambique, depois da tempestade

*Com informações da Cruz Vermelha Internacional e da RTP, emissora pública de televisão de Portugal.

**Matéria alterada para adequação de informação.