ONU condena ataque terrorista em escola de Uganda
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou fortemente o ataque de jihadistas a uma escola secundária no oeste de Uganda, que deixou pelo menos 41 mortos.
O porta-voz de Guterres, Farhan Haq, disse que os responsáveis por esse ato terrível devem ser julgados.
António Guterres pediu a libertação "imediata" dos sequestrados pela milícia.
O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou também o ataque terrorista praticado nessa sexta-feira (16) por supostos membros do grupo Forças Democráticas Aliadas (FDA).
O ataque atingiu a escola secundária privada de Lhubiriha, na cidade de Mpondwe, a cerca de 2 km da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenou hoje o ataque que matou pelo menos as 41 pessoas, incluindo 37 estudantes.
As FDA são um grupo rebelde de Uganda, mas estão atualmente baseadas nas províncias congolesas de Kivu do Norte e da vizinha Ituri, perto da fronteira da RDC com Uganda.
Os seus alvos não são claros, além de uma possível ligação ao Estado Islâmico (EI) que, em algumas vezes, reivindica a responsabilidade dos ataques.
Embora os peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenham encontrado provas de apoio direto do Estado Islâmico às Forças Democráticas Aliadas, os Estados Unidos, desde março de 2021, sinalizaram as milícias como organização terrorista afiliada ao grupo jihadista.
Segundo o BarÔmetro de Segurança de Kivu, as FDA são responsáveis por, pelo menos, 3.850 mortes em 730 ataques na RDC desde 2017.
Para acabar com as FDA, os exércitos da RDC e de Uganda iniciaram, em novembro de 2021, operação militar conjunta em solo congolês, que ainda está em curso, embora os ataques dos rebeldes não tenham cessado.
Desde 1998, o Leste da RDC está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo Exército, apesar da presença da missão da ONU no país (Monusco), com cerca de 16 mil efetivos.
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