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Justiça

Lewandowski vota pela validade de acordos individuais

STF julga se suspensão de contrato precisa do aval de sindicato 
André Richter – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/04/2020 - 18:01
 - Atualizado em 16/04/2020 - 19:01
Brasília
Ministro Ricardo Lewandowski durante sessão da 2ª turma do STF.
© Nelson Jr./SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski proferiu, há pouco, voto para confirmar a validade dos acordos individuais entre empresas e empregados para redução de jornada e salários. Os acordos estão previstos na Medida Provisória 936/2020, editada para preservar o vínculo empregatício e permitir acesso a benefícios durante os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia. A sessão é realizada por videoconferência

Pelo entendimento, os acordos individuais têm validade imediata após a assinatura, possibilitando acesso aos benefícios, mas os sindicatos podem propor acordo  coletivo, que terá prevalência ao individual se for mais benéfico ao trabalhador. 

A Corte julga nesta tarde se vai referendar a liminar de Lewandowski, proferida no dia 6 de abril, para garantir que os sindicatos não podem ser excluídos das negociações individuais e devem ser comunicados em até dez dias para analisarem os acordos individuais e, se quiserem, fazer uma proposta coletiva. O ministro atendeu pedido da Rede para considerar ilegal parte da interpretação jurídica da MP. 

Segundo o ministro, os sindicatos devem ter participação obrigatória nas negociações, conforme determina a Constituição. 

“É justamente nos momentos de crise que é preciso ouvir todas as forças sociais para que haja consenso nas medidas excepcionais que precisam ser tomadas”, afirmou. 

Após o voto de Lewandowski, a sessão foi suspensa para o intervalo. Mais nove ministros devem votar.

Duas horas após a suspensão, o presidente do STF, Dias Toffoli, comunicou que, devido a um problema técnico, não foi possível retomar a transmissão da videoconferência. O julgamento vai continuar nesta sexta-feira (17). Segundo o ministro, houve uma queda no data-center da empresa responsável pelo programa que permite o julgamento remoto. 

Matéria atualizada às  19h01 para acréscimo de informação sobre a suspensao da sessão