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Política

Presidente da CPI lamenta liminar que suspende acareação entre Barusco e Duque

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/07/2015 - 19:39
Brasília
O presidente da CPI da Petrobrás da Câmara, Hugo Motta, dispensa o vice-presidente da Engevix Engenharia, Gerson de Mello Almada, por exercer direito de ficar calado na comissão (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Hugo  Motta  adiantou  que  nova  acareação  será marcada mais breve possívelArquivo/Agência Brasil

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PMDB-PB), lamentou hoje (7) a suspensão da acareação que seria realizada amanhã (8) entre o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco e o ex-diretor de Serviços da empresa Renato Duque.

Motta destacou a “tristeza” da comissão e sua contrariedade com a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminar a Barusco.

“Sabemos que o ministro Celso de Mello é um ministro respeitadíssimo, decano da Corte, e certamente está bem embasado para acatar o habeas corpus. Para nosso trabalho, a decisão vem ao encontro do que estamos fazendo. Não posso deixar de assumir esse posicionamento. A decisão nos entristece, mas não nos tira do foco”, afirmou Motta.

O presidente da CPI não questionou a veracidade dos problemas de saúde alegados por Barusco para justificar sua ausência, mas estranhou a justificativa da doença apenas para ir ao Congresso Nacional.

“Eu seria irresponsável se dissesse que ele está inventando alguma coisa pra não vir aqui. A única coisa que estranhamos é que ele foi para Curitiba na semana passada, participou de alguns depoimentos e não alegou doença. Justamente quando foi chamado à CPI para uma acareação, alegou enfermidade, que não podia passar por situações de estresse e que seu câncer havia avançado.”

Motta ressaltou o “sentimento humano” e desejou melhoras a Barusco. O parlamentar explicou que insistirá na presença do ex-diretor da Petrobras até onde for possível. “As acareações precisam [ocorrer], e iremos até aonde for necessário para que elas sejam realizadas. […] É um trabalho de investigação, que tem de ter a colaboração dessas pessoas. E esse será nosso foco.”

O presidente da CPI não adiantou qualquer nova data para a acareação. Disse apenas que será agendada para “o mais breve possível”.