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Política

Blocos promovem carnaval fora de época no Rio contra o impeachment de Dilma

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/04/2016 - 22:13
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Blocos carnavalescos desfilam no cortejo Carnaval Contra o Golpe, no qual contestam o impeachment e o ajuste fiscal  (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro - Blocos carnavalescos desfilam no cortejo Carnaval Contra o Golpe, no qual contestam o impeachment e o ajuste fiscal (Fernando Frazão/Agência Brasil)

 Blocos carnavalescos desfilam no cortejo Carnaval Contra o Golpe, no qual contestam o impeachment e o ajuste fiscal Fernando Frazão/Agência Brasil

Blocos de carnaval voltaram às ruas do centro do Rio, na noite de hoje(14), para protestar contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em andamento na Câmara dos Deputados. Os grupos Ocupa Carnaval, Desliga dos Blocos, Povo sem Medo, Cordão do Boitatá e Reage Artista promoveram o ato denominado Carnaval contra o Golpe: A Saída é pela Esquerda.

Os blocos partiram da Praça XV, seguiram pela Avenida Presidente Vargas e depois rumaram para a Lapa, com foliões fantasiados e muita batucada, além de faixas contra o impeachment.

“Bloco de rua é uma expressão popular, principalmente aqui no Rio de Janeiro. Todas as iniciativas de ocupação das ruas são manifestações legítimas e a cultura cada vez mais está presente. O povo está na rua e os blocos têm tudo a ver contra o golpe”,  disse a sindicalista Aniele Nascimento, da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

“O carnaval é a principal festa popular no Brasil e nós estamos usando a cultura como forma de protesto, com letras irreverentes e repudiando esse ato de impeachment, que na verdade é um golpe”, disse o petroleiro Diego Ramos, que também trabalha como MC de hiphop.

Para o advogado André Barros, o carnaval é a forma da cultura brasileira se mobilizar e uma grande irreverência contra a tentativa de destituir uma presidenta da república por uma lei orçamentária: “O impeachment não tem a menor sustentabilidade jurídica. O Brasil é uma democracia muito forte e destituir uma presidenta da República dessa forma só enfraquece o nosso país. Isso é uma quebra na democracia brasileira”, declarou Barros, que é vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro.