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Política

Sabatina de Alexandre de Moraes pode ocorrer na próxima semana, diz Eunício

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 06/02/2017 - 20:44
Brasília
Brasília - O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito presidente do Senado Federal para o biênio 2017/2018. Eunício teve 61 votos e venceu o senador José Medeiros (PSD-MT) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Brasília - O senador Eunício Oliveira concorre ao cargo de Presidente da Casa (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), quer agilizar sabatina de Moraes Arquivo/Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse hoje (6) que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF) deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado já na próxima semana.

No entanto, para que isso ocorra, a nova formação da CCJ precisa ser concluída, com a indicação dos membros e do presidente pelos partidos políticos. “Amanhã terei reunião com líderes e pedirei celeridade na indicação dos membros da CCJ para que colegiado possa estar completo”, disse Eunício.

A partir daí, a previsão é que a indicação de Moraes seja imediatamente distribuída a um relator. “A regra é que, instalada a comissão – que eu espero já ser instalada nessa quarta –, o presidente distribui o processo para um relator, [que] apresenta relatório e, por uma resolução da própria comissão, justamente para dar celeridade, é dada vista coletiva. E, normalmente, na outra sessão, o ministro é sabatinado”, disse.

Tão logo a sabatina e a eventual aprovação do nome de Moraes na CCJ sejam concluídos, Eunício Oliveira disse que pautará imediatamente a indicação no plenário do Senado. Segundo ele, a rapidez  é necessária para que o STF volte a ter 11 ministros.

Repercussão

A escolha do presidente Michel Temer para o STF repercutiu entre os senadores.

Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a nomeação de um ministro filiado ao PSDB significa a “partidarização do Supremo Tribunal Federal”.

“Não me surpreende, porque é a cara deste governo. Um governo que defende interesses de grupos particulares e de seus próprios membros. E está caminhando numa partidarização do Supremo.”

Brasília - O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, assina acordo de cooperação técnica para promover ações da Defensoria Pública nas prisões brasileiras (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado para o STF  Arquivo/Antonio Cruz/ Agência Brasil

A crítica foi rebatida pelo líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que ressaltou que Moraes é “um jurista referenciado” e “um nome preparado para assumir o Supremo”.

“Nós tivemos diversos ministros que vieram oriundos de partidos. Não pode haver prejulgamento. Tem que ter sabatina. A vida dele está citada nos livros. Não tem que minimizar ele fazer parte de algum governo. O que está sendo avaliado é o currículo, quem está trazendo essa questão está diminuindo o papel do Senado”, disse.

Para o senador José Medeiros (PSD-MT), a sabatina de Moraes estará diretamente ligada à futura indicação de um nome para o Ministério da Justiça – que ficará vago com a ida do ministro para o Supremo. “Essa sabatina dura passa por quem e de qual partido irá substituí-lo no Ministério da Justiça. Eu falo em termos de voto. Dependendo, a votação mais tranquila ou a sabatina mais dura e até o imponderável”, afirmou.