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Política

PSOL quer saber sobre mandante e motivação do assassinato de Marielle

Legenda vai sugerir criação de CPI para investigar milícias no Rio
Karine Melo  - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/03/2019 - 13:51
Brasília
Deputado Marcelo Freixo durante sessão de votação para presidente da Câmara dos Deputados.
© Valter Campanato/Agência Brasil
Deputado Marcelo Freixo fala à imprensa sobre eleição para presidente da Câmara dos Deputados.
© Wilson Dias/Agência Brasil

No dia em que dois suspeitos de terem matado a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Pedro Gomes foram presos no Rio de Janeiro, deputados federais do PSOL pediram respostas para a motivação do crime e sobre mandantes, que na próxima quinta-feira (14) completa um ano.

A bancada do PSOL vai se reunir hoje (12) para decidir a coleta de assinaturas e requer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação das milícias no Rio de Janeiro. São necessárias 171 assinaturas.

“Quem matou Marielle não foi apenas quem apertou o gatilho. Quem matou Marielle foi quem planejou a sua morte, foi quem desejou a sua morte, foi quem contratou, foi quem politicamente desejou eliminar Marielle. É muito importante para o país saber quem mandou matar Marielle, qual objetivo político e qual a motivação”, disse o deputado Marcelo Freixo (RJ).

O deputado federal eleito Marcelo Freixo fala à imprensa após reunião no Ministério Público do Rio de Janeiro.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ)  era amigo de Marielle Franco que trabalhou com ele antes da eleição para  a Câmara de Vereadores do RJ. - Fernando Frazão/Agência Brasil

Freixo e Marielle eram amigos e trabalharam juntos por 10 anos, até ela se eleger vereadora. Para ele, hoje é um dia importante, mas não comemorar ou sentir “qualquer felicidade”.

“Não há justificativa para que quase um ano depois, só agora a gente tenha informação de quem executou, mas que bom que essa informação chegou. A gente espera que ela seja acompanhada de provas contundentes e, parece, que elas existem”, afirmou.

Suspeitos 

Sobre os acusados, Freixo afirmou que ambos estão envolvidos em crimes anteriores. O deputado afirmou que Marielle pagou com a vida o preço da insegurança e do envolvimento político na segurança pública.

“Não nos cabe apontar para esses mandantes. Não é o nosso papel. Não podemos ser levianos. Cabe a Polícia Civil, em prazo imediato, dar respostas”, disse.

O deputado elogiou a forma como o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, conduziu o processo ao afirmar estar do lado da Polícia Civil cobrando a elucidação do caso.