STF arquiva inquéritos sobre suposto crime eleitoral de Alcolumbre

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou dois inquéritos em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), era investigado por supostos crimes eleitorais cometidos durante a campanha de 2014.
O arquivamento foi feito a pedido da procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, para quem a “investigação policial não reuniu, contudo, suporte probatório mínimo de materialidade e de autoria da prática de crime”.
Os inquéritos haviam sido abertos em março de 2017 com a autorização da própria Rosa Weber, após o PMDB do Amapá ter ido ao Ministério Público apontar possíveis irregularidades nas contas de campanha de Alcolumbre, entre as quais "a utilização de notas fiscais frias inidôneas para a prestação de contas, ausência de comprovantes bancários, contratação de serviços com data posterior à data das eleições, entre outras".
O senador negou qualquer irregularidade, destacando que suas contas da campanha de 2014 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral e que todos os documentos pertinentes, comprovando a legalidade dos gastos, foram apresentados.
Na decisão publicada no Diário de Justiça desta quarta-feira (31), Rosa Weber destacou que “a jurisprudência desta Suprema Corte é firme no sentido de que inviável a recusa a pedido de arquivamento de inquérito” feito pela PGR.
Em nota, os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que representam o senador, disseram que a "decisão do Supremo Tribunal Federal faz justiça ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ao reconhecer a total ausência de provas capazes de justificar sequer a abertura de um processo penal. Tanto é que a manifesta regularidade das contas foi demonstrada já na fase de inquérito policial”.
