“Ninguém nunca me apresentou um livro, me apresentaram cigarro, um monte de coisa. Mas o livro, ninguém apresenta. É uma necessidade minha estarà frente desse projeto levando livro as pessoas."
Essa é Estella Cruzmel, de Belo Horizonte, idealizadora de uma das muitas iniciativas de incentivo à leitura que existem no país.
Ela conta com doações para levar adiante o Santa Leitura que nasceu no cantinho de uma loja e hoje toma as praças da capital mineira.
Há também quem defenda a leitura desde a barriga da mãe. O Uni Duni Ler Todas as Letras, de Brasília é voltado para todas as pessoas, entra elas, idosos e bebês. A idealizadora do clube, a escritora infantil Alessandra Róscoe, fala da leitura para bebês.
Sonora: "Aquele bebê que teve contato com o livro desde os berços ele vai associar o objeto livro, a leitura em si a algo prazeroso. Ao tempo que o pai dedicou a ele, porque ele não lê sozinho. A esse mundo imaginário que ele habita com tanta facilidade."
No Rio de Janeiro, nos hospitais Anchieta e Getúlio Vargas, o projeto Mais Leitura ajuda pacientes e acompanhantes a enfrentarem o período hospitalar. Rafael Forneroli, coordenador da Assessoria de Humanização da secretaria de Saúde explica:
Sonora: "Tem uma pessoa que passa com um carrinho e o carrinho tem um formato como se fosse uma prateleira de biblioteca com os livros expostos. É ofertado as pessoas. A maioria dos pacientes aceita."
Em outro projeto, A incrivel Máquina da Leitura, patrocinado pela Lei Rouanet, o leitor coloca um livro em bom estado em uma máquina. Depois aperta um botão e recebe outro. A máquina funciona em uma van percorrendo o país e faz alegria de muita gente, além do eixo Rio-São Paulo, como conta o dono da ideia, Fauze Jibran.
Sonora: “ A gente foi pra Fortaleza, João Pessoa, Recife e Natal e a receptividades foi impressionante. A gente teve em Recife mais de mil pessoas por dia trocando livros. Foi impressionante."
No Amazonas, a leitura segue de barco , bem pequeno memo, visitando as comunidades ribeirinhas que não podem ser acessadas de modo convencional. Elaine Elamid do Instituto Ler para Crescer explica:
Sonora: ” Em 2012, tento em vista a nossa realidade amazonica, nós decidimos fazer o projeto barco Ler Para Crescer. Esse projeto consiste em um final de semana com voluntário e a gente leva incentivo a leitura atraves de histórias de escritores locais."
O instituto Pró-Livro tem uma plataforma que mapeia os projetos de leitura existentes no país como conta Zoara Failla.
Sonora: “ Tem grandes empresas, grandes institutos promovend , mas tem aqueles que vão lá com a sua garra, com pouca grana, ilvros doados e desenvolvem projetos fantásticos."
E se você duvida da importância de se ter iniciativa. Existem aqueles que são salvos pelo pleitura.
Sonora: ”A experiência na prisão de alguma forma colaborou muito. Mas o que influenciou muito foram as pessoas que me trouxeram os livros, pessoas que incentivaram os livros. Eu digo que Os livros me salvaram , mas as pessoas que me incentivaram e trouxeram os livros é que me salvaram realmente. “
O depoimento é de Luiz Alberto Mendes, autor de seis livros, entre eles, Memórias de um Sobrevivente.
Não foi o caso de Luis, mas hoje o Código de Execução Penal prevê que os presos podem ter reduzidos 4 dias de pena a cada livro lido com a apresentação de um resumo.
O limite é de doze obras por ano ou 48 dias de remição pela leitura anualmente.
Vamos virar a página?
Com sonoplastia de Marcos Tavares e produção de Adriana Shimoda.