As escolas de samba receberam nessa terça-feira o diploma que oficializou o carnaval de São Paulo como patrimônio imaterial do estado.
O diploma para as escolas foi emitido pelo Condephaat, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico e foi entregue aos dirigentes da Liga das Escolas de Samba de São Paulo e representantes das escolas em uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado.
As 34 escolas de paulistas estavam presentes. A decisão que tornou o carnaval patrimônio imaterial foi tomada em fevereiro de 2020. Na época o Conselho do Patrimônio Histórico decidiu por unanimidade que “as práticas carnavalescas traduzem saberes, fazeres e uma identidade coletiva que estabelecem relações de pertencimento”. Para Luciana Silva, vice-presidente da Liga das Escolas de Samba, o reconhecimento vai fortalecer o carnaval de São Paulo.
A homenagem aconteceu no momento em que a cidade de São Paulo vive um impasse. As escolas de samba vão desfilar a partir de sexta-feira. Mas os desfiles de rua não foram autorizados pela prefeitura. Os dirigentes dos blocos já anunciaram que vão para as ruas no feriado prolongado de 21 de abril mesmo sem o aval da prefeitura. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que participou da cerimônia no palácio dos bandeirantes prometeu que não vai usar da força para dispersar a população que decidir aderir ao carnaval fora de época.
Os organizadores dos blocos dizem que os desfiles não vão ser divulgados, que a festa vai ser voltada para as comunidades e não haverá uso de trios elétricos ou grandes estruturas. A prefeitura ainda tenta adiar o carnaval de rua para o segundo semestre alegando que precisa de tempo para organizar a logística e a segurança da festa.
