Uma das áreas de experimentação da arte sonora é a radioarte. Em países como Canadá, Alemanha e Inglaterra há tradição de desenvolvimento de formatos radiofônicos mais artísticos desde o início do século 20.
Alguns dos exemplos são o rádio drama, como o Horspiel Alemão, ou o documentário sonoro The Solitude Trilogy, de Glen Gould.
No Brasil, a radioarte arte deu seus primeiros passos a partir da década de 1970. Algumas emissoras não comerciais, como a Rádio Cultura e as rádios universitárias experimentaram uma produção mais livre do que os tradicionais formatos musicais ou jornalísticos.
O trabalho de Lilian Zaremba, que foi produtora de séries especiais da Rádio MEC, é referência para quem procura pensar roteiros e edições radiofônicas de forma mais artística.
Na Rádio Cultura, as produções de Cynthia Gusmão Ouvidos e Caracóis e de Júlio de Paula, Veredas também tinham formatos mais livres e artísticos.
O trabalho da artista Regina Porto, que é especialista em música e rádio de invenção e foi diretora da Rádio Cultura em uma época muito fértil para a experimentação, é outro marco para a radioarte no Brasil.
A produção do programa Radiocaos é uma das poucas iniciativas contemporâneas que procuram fazer experimentações artísticas no rádio.
Cem anos em 100 programas
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.