Candomblé, carimbó e delícias como a maniçoba. São vários os elementos na Amazônia que revelam a presença do negro. Dados do Censo de 2010 do IBGE – o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – apontam que o Norte foi a região onde as pessoas mais se declararam pretas e pardas - 73,5%.
Com um número tão expressivo, o Dia da Consciência Negra, celebrado hoje, alerta para a necessidade de ressaltar a importância dos afrobrasileiros na Amazônia, como destaca a coordenadora do Grupo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Pará, Marilu Campelo.
A professora diz ainda que na região há comunidades quilombolas, descendentes de africanos, em estados como Pará, Amazonas e Amapá.
A presença africana é forte em vários aspectos culturais, como culinária, música e religião, como lembra Marilu.
A influência afro não é apenas em elementos tradicionais. Hoje, a mistura de ritmos mostra que é possível trazer sons africanos para estilos típicos do Norte. É o caso do que faz o Zebrabeat Afro-Amazônia Orquestra. O grupo une as guitarradas paraenses ao afrobeat nigeriano, como aponta o baterista Júnior Gurgel.
O trabalho do Zebrabeat pode ser conferido nas redes sociais, como o Facebook.