Viva Maria: Legado de Margarida Alves é lembrado por trabalhadoras rurais
Viva Maria desta segunda-feira (13) rende-se à graça de uma flor que é bonita até no nome: Margarida! Também conhecida como crisântemo e Bem-me-Quer.
Em latim ela significa pérola, em inglês é Daisy, “Olho do Dia” numa alusão ao fato dela se fechar durante a noite e abrir-se à luz do Sol.
Mas para nós, aqui no Brasil, Margarida é nome de mulher. É, também, o nome de uma liderança que nasceu e morreu no mês de agosto e que, há 35 anos, continua sendo lembrada com muito carinho por milhares de Margaridas, na marcha que tomou emprestado seu nome.
No compasso dessa música, que une as mulheres rurais de todo o Brasil, em memória, queremos lembrar a luta de Margarida Maria Alves, a partir do texto com o qual a Contag, Fetags e sindicatos de trabalhadores rurais relembram a saga de Margarida.
Aspas, “eles não sabiam que Margarida era semente e se espalharia por todo o Brasil!”.
Mazé Morais, secretária de Mulheres da Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura -, conversa com a gente sobre o legado dessa liderança que em 12 de agosto de 1983 foi assassinada na porta de casa, na frente do marido e do filho pequeno.
Mas, antes, esta líder sindical paraibana disse, em um discurso de comemoração pelo 1° de maio (Dia do Trabalhador), que era melhor morrer na luta do que morrer de fome.
Até hoje essas palavras de Margarida ainda ecoam entre as mulheres trabalhadoras rurais e dão força à luta diária por representatividade e melhores condições de trabalho e de vida no campo.
Não é isso Mazé?
Viva Maria: programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.