Assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completa seis meses sem solução
No dia em que o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa seis meses a Anistia Internacional fez um novo protesto cobrando empenho das autoridades para a resolução do caso.
Um caminhão, com um letreiro de cinco metros, reproduzindo frases com essas cobranças percorreu ruas do Rio de Janeiro e passou em frente ao Ministério Público, à Secretaria de Segurança, ao Centro Integrado de Comando e Controle e também, em frente ao local, no bairro do Estácio, onde Marielle e Anderson foram alvejados.
Para a diretora executiva da Organização Humanitária, Jurema Werneck, o sigilo das investigações não pode ser confundido com a ausência de satisfações à sociedade e às famílias das vítimas.
De acordo com a Anistia, a primeira reunião entre o secretário estadual de Segurança Pública, Richard Nunes, e a família de Marielle, ocorreu apenas no mês passado.
Neste encontro, de acordo com a mãe de Marielle, Marinete da Silva, o general se comprometeu a resolver o caso.
E como explica o pai de Marielle, Antônio da Silva, somente respostas podem amenizar um pouco a angústia das famílias.
Marielle Franco e Anderson Gomes também foram lembrados em um ato realizado nas escadarias da Câmara de Vereadores do Rio, por amigos e colegas de trabalho da vereadora.
Conhecida ativista em prol dos direitos humanos, Marielle estava no seu primeiro mandato e, foi eleita com a quinta maior votação da capital.
Apesar da investigação, estar sob sigilo, algumas autoridades confirmaram que a principal linha de investigação é de que o crime tenha sido uma execução encomendada por um grupo de milícia.