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Direitos Humanos

Força-tarefa não vê indícios de invasão, e conselho Wajãpi acredita que vistoria não foi completa

Terra indígena no Amapá
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Juliana Cézar Nunes
29/07/2019 - 23:00
Brasília

A força-tarefa que investiga um possível conflito e a morte de um cacique na Terra Indígena Wajãpi, no Amapá, informou que a diligência realizada por agentes da Polícia Federal na região não encontrou indícios de invasão de garimpeiros armados, conforme denúncia de lideranças indígenas.

 

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, procuradores do Ministério Público Federal, que integram a equipe de trabalho, também afirmaram que não foi possível elucidar a morte do cacique Emyra Waiãpi. O corpo dele foi encontrado em um rio na semana passada. Os indígenas afirmam que Emyra foi assassinado e pedem investigação.

 

O presidente Jair Bolsonaro comentou o caso e disse que a Polícia Federal está encarregada de desvendar o que aconteceu.

 

Sonora: "Não tem ainda nenhum indício forte de que esse índio foi assassinado lá agora. Chegaram várias possibilidades. A PF está lá, quem nós pudermos mandar para lá já mandamos para buscar desvendar o caso e buscar a verdade sobre isso aí".

 

O território indígena Wajãpi fica no município de Pedra Branca do Amapari, a 200 quilômetros da capital, Macapá. O Ministério Público Federal abriu dois procedimentos investigativos sobre o caso. Policiais militares e servidores da Funai estão na área.

 

Em nota, o Conselho das Aldeias Waiãpi afirma que os policiais federais não percorreram toda a área e, por isso, os indícios de invasão não foram encontrados.  De acordo com o conselho, os guerreiros indígenas permanecem de guarda nas proximidades do local onde garimpeiros armados podem estar e na rota de saída da Terra Indígena.

 

A OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos solicitaram ao governo brasileiro proteção do território e ações para prevenir violações de direitos humanos.

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