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Morre Evandro Teixeira, um dos símbolos do fotojornalismo brasileiro

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Daniella Longuinho - Repórter da Rádio Nacional
04/11/2024 - 22:06
Brasília
Rio de Janeiro (RJ), 30/08/2023 -O fotojornalista Evandro Teixeira na exposição “Evandro Teixeira. Chile, 1973” , no Centro Cultural Banco do Brasil(CCBB). Além dos registros feitos no Chile, a exposição traz imagens produzidas por Evandro durante a ditadura civil-militar brasileira, em um diálogo entre os contextos históricos dos dois países. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Morreu, aos 88 anos, nesta segunda-feira, o fotógrafo Evandro Teixeira, um dos símbolos do fotojornalismo brasileiro.

As imagens em preto e branco produzidas por Evandro captaram importantes acontecimentos do século XX. Ele ficou conhecido especialmente por seus registros da ditadura militar no Brasil.

Evandro estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo a unidade de saúde, a morte ocorreu por falência múltipla de órgãos, em decorrência de complicações de uma pneumonia.

Ele será velado na Câmara dos Vereadores nesta terça-feira, das 09h da manhã ao meio dia.

Nascido no povoado baiano de Irajuba, em 1935, o fotógrafo iniciou a carreira jornalística, em 1958, no jornal O Diário de Notícias de Salvador.

Em 1963, foi contratado pelo Jornal do Brasil, onde se consagrou. Foram quase de 47 anos na empresa, de onde saiu em 2010, quando o jornal deixou de circular na versão impressa.

É dele a imagem da tomada do Forte de Copacabana, no dia 1º de abril de 1964. E a fotografia, ainda mais conhecida, de um estudante caindo no chão, enquanto dois policiais se preparam para atacá-lo, em meio às manifestações contra a ditadura em junho de 1968.

As lentes de Evandro também eternizaram os ícones do esporte Pelé e Ayrton Senna, além de visitantes ilustres pelo Brasil, como a Rainha Elizabeth e o papa João Paulo II.

O presidente Lula divulgou uma nota de pesar pela morte de Evandro Teixeira. O texto ressalta o acervo de mais de 150 mil fotos deixadas pelo profissional, a citar posses presidenciais, registros da fome e da pobreza,  de personalidades e da cultura nacional.

Evandro deixa a esposa Marli, com quem esteve casado por 60 anos, duas filhas e três netas.

*Com informações da Agência Brasil 

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