"Entre um homem e uma mulher só o coração pode bater". Esse é o lema de Barbara Penna, que foi queimada viva e atirada do 3º andar pelo ex-companheiro, mas sobreviveu. Os filhos do casal, um de 2 anos e outro de apenas 3 meses, na época, morreram intoxicados pela fumaça. Esse crime aconteceu em 2013 e desde então Bárbara se dedica a contar sua história para evitar que outras mulheres passem pelo mesmo que passou.
Recentemente, a ativista criou uma petição pública, totalmente online, que pede uma reforma na Lei Maria da Penha que, de acordo com Bárbara, ainda deixa muitas brechas para que os agressores continuem fazendo vítimas. São 11 pontos a serem revistos: a exigência de um profissional de psicologia nas delegacias da mulher e a construção de uma casa de atendimento da mulher (Casa da Mulher Brasileira) em cada Estado.
Além disso, Bárbara explica que a ideia é fazer com que esses homens possam ser processados também na esfera civil. Isto os obrigaria, além de outras sanções, a indenizar as vítimas. Ela explica a importância dessa mudança.
Outras proposições feitas pela ativista são o uso de tornozeleira eletrônica para o acusado desde o primeiro dia da medida protetiva aplicada; a retirada do endereço da vítima do boletim de ocorrência; a obrigatoriedade de ressarcimento financeiro à mulher por parte do réu; e que os governos forneçam um local para o acolhimento da mulher e filhos.
A petição já tem cerca de 665 mil assinaturas. Se chegar a 1 milhão, vai para avaliação dos parlamentares no Congresso Nacional e pode virar lei. Quem quiser assinar o documento, basta acessar a página no Instagram @pennabarbara.
O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo: três são assassinadas a cada dia e oito são agredidas a cada minuto. Veja a petição: http://change.org/MariaDaPenha