Cartilha orienta sobre violência contra mulheres no esporte
Copa do Mundo também é período de lutas por direitos. Perseguição, assédio sexual e estupro são formas graves de violência, e tem acontecido no esporte. Para ajudar mulheres que, como atletas ou torcedoras, já passaram por casos como esses, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro lançou a cartilha Mulheres no Esporte, com conteúdo informativo sobre as diversas formas de violência e a rede de atendimento.
A defensora Flávia Nascimento explica que a ideia surgiu de uma demanda da própria população feminina.
“A gente foi procurada por um grupo de torcedoras relatando algumas situações quando elas iam assistir jogos de futebol, desde situações de desconforto até importunação sexual mesmo. A passada de mão, cantadas mais invasivas. Isso vinha prejudicando a participação delas na torcida, a presença delas no estádio. E uma das ideias foi fazer a cartilha, para que elas tivessem consciência das formas de violência e os serviços à disposição das mulheres.”
Entre os canais para denúncia apontados na cartilha estão a Delegacia de Atendimento à Mulher, a DEAM, e o Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher Vítima de Violência de Gênero da Defensoria Pública. Flávia Nascimento ressalta que o objetivo é democratizar o acesso à informação.
“A Defensoria vem trabalhando muito com essa perspectiva de acesso à justiça mais amplo, que não é só a judicialização, não é só o processo judicial, mas o acesso à justiça também a partir da perspectiva da informação, das pessoas terem informação sobre os seus direitos, saberem como reivindicar os seus direitos, como acessar os mecanismos disponíveis”.
A Cartilha Mulheres no Esporte serve para orientar mulheres vítimas de violência no esporte em qualquer lugar do país e está disponível no site da Defensoria Pública do Rio, defensoria.rj.def.br.