Nesta sexta-feira, quando se comemora o Dia Internacional dos Povos Indígenas, a Organização das Nações Unidas reforçou o papel do conhecimento dos povos originários para conter a crise climática e que seus direitos sejam respeitados.
O Secretário Geral da ONU, António Guterres, prestou homenagem à população indígena, que representa cerca de 6% do número de pessoas no planeta e chamou atenção para o não cumprimento, até agora, de maneira massiva, do direito à autodeterminação, consagrado na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. A autodeterminação é a independência, a liberdade e o direito de organização própria dos povos.
Em seu discurso, Guterres destacou também que os indígenas são os guardiões do conhecimento e das tradições e podem contribuir para a melhoria do cenário ambiental atual e evitar o ponto de não retorno.
Gutierrez afirmou que o avanço de setores como mineração, agricultura e transportes, além de acelerar o desmatamento e a degradação dos solos também acaba sendo fonte geradora de violências e ameaças sofridas pelos indígenas.
No Brasil, são 305 povos e 274 línguas indígenas catalogadas atualmente. Segundo o censo do IBGE divulgado no ano passado, a população indígena do país chegou a 1 milhão e setecentas mil pessoas. Segundo a ONU, existem cerca de 370 a 500 milhões de indígenas no mundo, espalhados por 90 países. Eles vivem em todas as regiões geográficas e representam 5 mil culturas diferentes.