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Direitos Humanos

STF determina que livros com trechos homofóbicos saiam de circulação

Conteúdos foram identificados por estudantes em Londrina
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Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional
01/11/2024 - 19:21
Brasília
Brasília (DF) 11/04/2023 Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Quatro livros de Direito serão recolhidos de todas as bibliotecas do país e destruídos por determinação do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal.

A decisão individual do magistrado afirma que as obras contêm trechos considerados homofóbicos e discriminatórios contra mulheres e a comunidade LGBTQIAPN+.

Os conteúdos foram identificados por estudantes na biblioteca da Universidade de Londrina, no Paraná, que denunciaram o caso ao Ministério Público Federal.

Os procuradores, então, pediram à Justiça Federal que retirasse os livros de circulação, o que foi negado. Por isso, o MPF, recorreu à Suprema Corte.

A decisão monocrática de Flávio Dino determina a retirada e destruição das seguintes obras: Curso Avançado de Biodireito; Teoria e Prática do Direito Penal; Curso Avançado de Direito do Consumidor e; Manual de Prática Trabalhista.

Segundo o ministro, não se pode utilizar a liberdade de expressão de forma ilimitada, sacrificando a honra e dignidade humana.

Para ele, as agressões e as ofensas gratuitas não estão protegidas pela liberdade de expressão. Dino destacou ainda que a medida não é censura prévia.

A decisão permite que as obras sejam reeditadas e vendidas ao público, desde que retirados os trechos incompatíveis com a Constituição Federal.

A editora e os autores terão que pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 150 mil.

Nós tentamos contato com os responsáveis pelas publicações, mas não conseguimos uma resposta até o fechamento dessa reportagem.

 

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