Autoridades públicas e do setor empresarial criticaram nesta quinta-feira (24) os cortes anunciados pelo governo federal de 30% dos recursos atualmente destinados ao Sistema S.
Durante a abertura do 2º Encontro Autonomia para a Pessoa com Deficiência, na sede da Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o presidente da entidade, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, disse que, com os cortes, mais de 1 milhão de pessoas serão prejudicadas no estado.
Sonora: "E não se brinca com 1 milhão de pessoas. Podemos tirar a única possibilidade de esperança dessa gente. Os cursos do Senai e do Sesi aqui no Rio são mais baratos que os cursos que o governo federal faz, e 92% dos nossos alunos reconhecem o bom curso e estão empregados. Precisamos que os nossos parlamentares entendam. Uma coisa é um Estado organizado com suas contas, outra coisa é mexer com organizações que fazem sentido".
O secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, também se posicionou contra os cortes.
Sonora: "Todo mundo reconhece o trabalho que o Sesi, o Senai, o Sistema S tem feito, inclusive pelas pessoas com deficiência. Temos experiências fantásticas de inclusão desse segmento. Os números, a qualidade, isso é irrefutável. Também sou contra algumas medidas que foram tomadas e propostas para que façam esse ajuste de contas, e esse é um assunto que temos que debater".
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse ter esperanças de que os cortes não sejam implementados como uma das medidas de ajuste fiscal.
Sonora: "Já fizemos algumas mobilizações e conversas em Brasília. Vamos aguardar um pouco. Acho que vamos sensibilizar os ministros Joaquim Levy [Fazenda] e Nelson Barbosa [Planejamento] e manter os recursos aqui no Sistema S".
O presidente da Firjan disse ainda que o corte levaria à suspensão de 320 mil exames e consultas médicas e odontológicas por ano.
