Com as contas no vermelho, o governador do Tocantins Marcelo Miranda anunciou medidas de contenção e redução de gastos no estado. Miranda assinou dois decretos que passam a vigorar a partir do próximo dia 21 até 30 de abril do ano que vem.
Um desses decretos impede a celebração de novos contratos, realização de concursos públicos e o pagamento de horas extras e diárias. Só estão mantidos os concursos da Polícia Civil, Polícia Militar, Defesa Social e da Unitins – Universidade Estadual do Tocantins.
Segundo o governo, as medidas visam barrar novas despesas, mas não atingem os serviços essenciais. A economia estimada é de 10% em água, energia elétrica, e 20% em viagens, telefonia e combustível.
O presidente do Sindicato dos Servidores do estado, Cleiton Pinheiro, criticou as medidas do governo. Segundo ele, os cortes são insuficientes. Os servidores do estado estão em greve e cobram o pagamento da Revisão Geral Anual.
Os ajustes também abrangem a demissão de aproximadamente dois mil servidores, entre eles, comissionados e contratados. As exonerações devem ser publicadas no Diário Oficial do Estado até a próxima segunda-feira, dia 14.
O outro decreto assinado por Marcelo Miranda estabelece a redução de jornada dos servidores públicos de 8 para 6 horas a partir do próximo dia 21 até 30 de abril de 2017. Com isso, o atendimento nos órgãos públicos será alterado e passa a ser de 12h30 às 18h30.
A partir dessas medidas o governo pretende economizar cerca de R$ 15 milhões, até dezembro; e R$ 136 milhões de reais até o final de mandato.