Dados da indústria de automóveis destacaram os resultados na exportação, os melhores desde 2009, com 73 mil veículos exportados. O crescimento foi de 21% em um mês e de 61% na comparação entre os cinco primeiros meses deste ano e igual período do ano anterior.
Apesar disso, a indústria automotiva tem grande capacidade ociosa, de 50% nas montadoras de carros e 80% nas de caminhões. O resultado impactou positivamente a produção de automóveis no país, mas não se refletiu em relação aos empregos na área, que se mantiveram estáveis. As previsões de leve crescimento para o ano, para o setor, serão mantidas, mas dependem do ordenamento do quadro político, segundo o presidente da Anfavea, Antônio Megale.
Sonora: “Acho que o agravamento da crise política traz essa incerteza no mercado. Por isso, a gente entende que uma solução deva ocorrer o mais rápido possível. Essa incerteza sempre traz um pouco de preocupação. Ela adia novos investimentos. Adiando novos investimentos você diminui a probabilidade de reverter o quadro de desemprego. Mas, apesar disso, estamos trabalhando normalmente, como se não tivesse acontecendo nada. E a maior parte dos agentes econômicos estão tentando fazer a mesma coisa, ainda que preocupados.”
Os licenciamentos de carros novos tiveram aumento considerável no mês de maio, chegando a 195 mil unidades, melhor resultado no ano. Foram 39 mil unidades a mais do que no mês de abril e 28 mil unidades a mais do que no mês de maio do ano passado.
Os números ainda estão consideravelmente abaixo do patamar de 2014, quando foram registrados, em maio, 293 mil licenciamentos de carros novos. A Anfavea, que apresentou os dados, considerou o crescimento positivo e um indicativo de que um maior crescimento virá no segundo semestre.
