O governo federal manteve a meta fiscal determinada pelo Congresso Nacional de um déficit de R$139 bilhões para 2019. Mas, para chegar a este número, o Ministério da Economia decidiu contingenciar, ou seja, bloquear R$29 bilhões em despesas.
Isso porque a arrecadação prevista para o ano foi reduzida em 2% pela equipe econômica, que também reduziu a previsão do PIB para este ano de 2,5% para 2,2 % de crescimento, como explicou o Secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior,
Com o crescimento do PIB menor, cai a arrecadação com impostos.
Entre os que devem registrar maior perda de receita, segundo o ministério, estão os impostos de importação e o de produtos industrializados, e também a arrecadação das contribuições previdenciárias. No caso das receitas da previdência, a redução se deve a revisão para baixo da massa salarial dos empregados para este ano. Outro fator avaliado é a queda no preço do petróleo, que também puxa para baixo a arrecadação do governo.
Além da queda nas receitas, a previsão de despesas cresceu, mas esse crescimento foi considerado baixo pela equipe técnica do ministério da economia, cerca de 0,25% a mais do que estava previsto. O ministério avalia que os gastos estão sob controle.
Já a informação de quais as áreas do orçamento vão sofrer o bloqueio de despesas, o ministério da economia disse que só vai divulgar os detalhes do contingenciamento no final deste mês.
A inflação medida pelo IPCA também teve a previsão para o ano reduzida de 4,2% para 3,8%.