Os consumidores brasileiros não projetam uma grande subida de preços para os próximos 12 meses. A expectativa de inflação, medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou estável em setembro, registrando 5,1%, o menor nível desde agosto de 2007.
Nos primeiros nove meses do ano, o índice registrou 5,2%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23).
Os consumidores também apostam mais que a inflação ficará dentro da meta estabelecida pelo governo, entre 2,75% e 5,75%. A porcentagem daqueles que projetam valores dentro da meta subiu de 57,8% em agosto para 60,1% em setembro.
Já aqueles que projetaram a inflação acima da meta diminuiu 3 pontos percentuais.
Quando a análise é feita por faixas de renda, os consumidores com renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil são os que tiveram a maior queda na projeção de inflação, 4,7%.
Já aqueles que recebem entre R$ 2,1mil e R$ 4,8 mil, continuaram projetando a inflação em 5,8%.
Os consumidores que ganham acima de R$ 9,6 mil projetaram a menor expectativa de inflação de toda a série histórica, 4% abaixo da meta oficial de inflação.
Segundo a Fundação Getulio Vargas, o resultado é explicado pelo comportamento estável do IPCA, o Imposto Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, e pela ausência de grande flutuação de preços nas primeiras semanas de setembro, o que acabou influenciando a percepção de que os gastos serão menores.