Presidente do BC nega que esteja em estudo mudança na correção da caderneta de poupança
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou que haja estudos para mudar a remuneração da caderneta de poupança.
A afirmação foi feita ao ser questionado sobre a possibilidade retirar a Taxa Referencial do cálculo e incluir, como referência, o IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Segundo ele, o BC acompanha apenas as migrações de fluxos de investimentos.
Desde maio de 2012, há regras diferentes para o cálculo da poupança, de acordo com o nível da Taxa Selic. Quando a Selic fica igual ou acima de 8,5% ao ano, a caderneta rende 6,17% ao ano mais a TR, que é a taxa referencial, tipo de juro variável.
Abaixo de 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic, mais a variação da TR. Com rendimento de 70% da Taxa Selic, a poupança está se tornando menos atrativa porque os juros básicos estão no menor nível da história: 5,5% ao ano.
O presidente do Banco Central disse ainda que o projeto de pagamentos instantâneos no Brasil será concluído em 2020. Por meio do pagamento instantâneo, a ideia é que pessoas e empresas possam transferir dinheiro em tempo real, sem restrição de horário.
As transações com dinheiro em espécie ou por meio de transferências bancárias – TED e DOC - e débitos serão substituídas pelos pagamentos instantâneos.
O presidente do Banco Central acrescentou que o sistema de pagamentos instantâneos vai permitir reduzir a circulação de papel moeda no país, o que é benéfico por questões de segurança e de custo.