Os dois indicadores do mercado de trabalho medidos pela Fundação Getulio Vargas apresentaram melhora na passagem de agosto para setembro.
O Indicador Antecedente de Emprego, que busca antecipar tendências do mercado de trabalho, cresceu 0,3 ponto, chegando a 87,1.
O indicador tem uma escala que vai de zero a 200 pontos, e é calculado com base nas expectativas de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços.
Esse número é próximo ao da média histórica iniciada em 2008, mas ainda está distante das melhores medições já feitas, de acordo com o economista da FGV, Rodolfo Tobler.
“Parece que os empresários e consumidores têm tido percepções um pouco melhores sobre o mercado de trabalho nos últimos meses, o que bate um pouco com alguns indicadores do terceiro trimestre que têm apontado para um nível de atividade um pouco melhor do que ocorreu no primeiro semestre do ano. A gente já tinha percebido isso também nos resultados do IBGE. Realmente tem ocorrido uma melhora nos indicadores do mercado de trabalho, mas também ele é muito puxado pelo lado informal, o número de desempregados muito elevado, o de desalentados muito alto, então isso tudo corrobora com o que temos visto, de que há perspectiva boa mas ainda uma recuperação muito tímida”.
já o Indicador Coincidente de Desemprego, calculado com base na opinião dos consumidores sobre a atual situação da falta de trabalho, caiu 0,6 ponto e passou para 92,9. Ele também varia em uma escala de zero a 200 pontos, mas quanto menor o nível, melhor o resultado.