A Lamsa, que administra a Linha Amarela, anunciou que voltará a cobrar pedágio na via a partir da zero hora de sexta-feira.
Em nota, a concessionária afirma que a recuperação da estrutura da praça de cobrança, que inclui cabines, câmeras, cancelas, luminárias, portas, estruturas em vidro, equipamentos eletrônicos e sistemas, destruídos pela Prefeitura do Rio no último domingo, já está em andamento.
Segundo a concessionária, foi montado um mutirão com cerca de 100 funcionários das empresas do Grupo Invepar, que é controlador da LAMSA. A previsão inicial era de que os trabalhos terminassem apenas em 30 dias.
A Prefeitura do Rio, que por decisão unilateral havia cancelado o contrato de concessão com a Lamsa, informou que está recorrendo da decisão da Justiça, que nesta segunda-feira devolveu à empresa a administração da via expressa.
Pelas redes sociais, o prefeito Marcelo Crivella justificou a ação do último domingo.
A destruição da estrutura de praça do pedágio foi mais um capítulo de um embate que vem desde o ano passado. Durante três ocasiões, a prefeitura cancelou a cobrança do pedágio, que hoje é de R$7,50 em cada uma das duas direções.
Crivella acusa a concessionária de superfaturar obras e aplicar aumentos abusivos no valor da tarifa. Segundo o prefeito, o contrato de concessão previa a redução no valor cobrado dos motoristas no caso de aumento do número de veículos. Ele afirma que o volume de tráfego na via expressa superou em nada menos que 150 milhões de veículos a previsão inicial, sem que houvesse a redução do pedágio prevista no contrato.
De acordo com a CPI da Câmara de Vereadores, que investigou o projeto da Linha Amarela, a Lamsa obteve, desde o início do contrato com a Prefeitura em 1998, lucro indevido de cerca de um R$1,6 bilhões.