O rombo nas contas públicas do governo central diminuiu 23% de 2018 para 2019. Saiu de R$116 bi para quase R$89 bilhões. Em relação ao PIB, é o menor deficit desde 2014.
Essa redução pode ser explicada, em parte, por alguns fatores pontuais, segundo o chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.
Para o professor de finanças públicas da Unb, Roberto Piscitelli, a redução do déficit é, a princípio, uma boa notícia, mas pode ser acompanhada pela redução de investimentos.
Já as empresas estatais, excluídas a Petrobras e Eletrobras, acumularam um superávit, ou seja, fecharam 2019 com saldo positivo nas contas, em R$11,8 bilhões. Quase três vezes mais que o resultado de 2018.
A dívida líquida do governo continua subindo e chegou a 55% do PIB, 2,2 pontos percentuais acima de 2018. Segundo o chefe de estatísticas do Bbanco Central, Fernando Rocha, o motivo é que as contas públicas continuam no vermelho.
Mas, a dívida bruta, caiu. Ao contrário da dívida líquida, a bruta calcula só o que o governo deve, sem levar em conta o que o governo tem para receber. Uma das explicações possíveis para a queda da dívida bruta, segundo o chefe de estatística do banco central, é que houve uma antecipação de pagamentos de R$100 bilhões do BNDES para o Tesouro Nacional no ano passado.