O governo da Argentina prorrogou mais uma vez o prazo de renegociação da dívida de US$68 bilhões com credores internacionais. O vencimento anterior terminou no dia 22 de maio, sexta-feira passada, e o novo limite é 2 de junho. O governo de Alberto Fernandez fez uma nova proposta em busca de acordo com os credores.
Uma proposta anterior dos argentinos foi rejeitada no início do mês, por mais de 80% dos credores, e o país entrou, tecnicamente, em default, uma espécie de inadimplência. No entanto, como as negociações seguem, não deve haver grandes desdobramentos e o país ganha mais tempo.
O presidente Fernandez argumentou que não pode assumir nenhum compromisso com a dívida em plena época de pandemia, quando as pessoas estão trancadas em suas casas, sem produzir. e fazer a Argentina crescer.
Já de acordo com Martín Guzmán, ministro da Economia, a Argentina tem um limite na negociação com os credores, pois necessita cumprir com o plano de sustentabilidade da dívida, acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
E nesse fim de semana, Fernández anunciou a extensão da quarentena social, preventiva e obrigatória por mais duas semanas, até o dia 7 de junho. A decisão aconteceu depois de conversa com governadores e prefeitos, e de uma equipe de médicos e infectologistas.
Os últimos dados sobre a covid 19 na Argentina, divulgados no sábado, apontam 704 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, 98% deles na região metropolitana de Buenos Aires, a mais afetada no país.
De acordo com o governo, a atenção está voltada especialmente para os bairros mais pobres da região, onde os testes serão intensificados e se aprofundarão as políticas para garantir alimentos à população.
