Desempenho da indústria começa a se distanciar dos piores momentos da crise do coronavírus
Os índices que medem o desempenho da indústria, em maio, começaram a se distanciar dos piores momentos da crise provocada pelo coronavírus. Isso é o que aponta a Sondagem Industrial, da CNI, a Confederação Nacional da Indústria, divulgada nesta sexta-feira. Apesar disso, os dados ainda mostram que a atividade industrial continua em queda.
A pesquisa, realizada entre 1º e 10 de junho, com mil e 859 empresas, pequenas, médias e grandes, mostra que o pessimismo na indústria diminuiu em relação aos meses anteriores. A queda na produção e na oferta de emprego continua, mas com uma intensidade menor. O índice de evolução da produção subiu de 26 pontos, em abril; para 43,1 pontos, em maio. Esse índice varia de 0 a 100. Então quando está abaixo da média, que é 50, ainda indica queda. Só há crescimento quando esses números estão acima de 50.
Outro índice medido é a capacidade instalada da indústria que atingiu 55%. Um aumento de seis pontos percentuais entre os meses de abril e maio. Apesar disso, a taxa é a segunda menor para toda a série histórica, iniciada em 2011; e está 12 pontos percentuais abaixo do nível registrado no mesmo período de 2019. Os estoques também ficaram abaixo da média e apresentaram redução.
Pelas análises da CNI, os empresários continuam projetando queda de demanda, exportações, compras de matérias-primas e número de empregados nos próximos seis meses. Mas o pessimismo diminuiu. Em meio à crise, os setores de biocombustíveis, produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal e produtos farmacêuticos apresentaram aumento de produção em maio.
Já os setores de couros, calçados, vestuário e acessórios continuam com o pior desempenho, apresentando quedas mais acentuadas da produção e do número de empregados.