Site vai reunir influenciadores digitais de favelas para vender produtos e gerar renda na pandemia
A Central Única das Favelas (Cufa) lançou nesta segunda-feira (29) uma plataforma na internet que reúne influenciadores digitais moradores das favelas para trabalharem na divulgação de campanhas publicitárias. A ideia da Digital Favela é que os microinfluenciadores ganhem dinheiro usando suas redes sociais, que na maioria das vezes, é composta de amigos, familiares e pessoas de sua relação cotidiana, com o anúncio de produtos de interesse dos próprios moradores.
O fundador da Cufa, Celso Athayde, explicou que o Digital Favelas é o segundo passo do projeto econômico que a entidade desenvolveu para socorrer as favelas durante a pandemia da Covid-19. O primeiro passo foi a arrecadação de doações, como cestas básicas, água e produtos de higiene e limpeza. Agora, segundo ele, a preocupação é a retomada econômica desses territórios e o objetivo é levar emprego para a base da pirâmide.
A plataforma foi montada em parceria com a agência de publicidade Peppery. O grande foco são as marcas interessadas em ampliar a comunicação com um público não representado e estimado em quase 14 milhões de brasileiros e com uma estimativa de consumo de R$ 120 bilhões por ano, segundo pesquisa dos institutos Data Favela e Locomotiva.
Serão cadastradas pessoas em todo o país, desde que tenham mais de mil seguidores em suas redes sociais. PicPay, Facebook e Uber são as primeiras marcas que já aderiram e suas campanhas vão rodar a partir de julho.
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