logo Radioagência Nacional
Economia

Economistas debatem teto de gastos e impactos da pandemia

Em comissão do Congresso, eles trataram de como crescer no pós-crise
Baixar
Lucas Pordeus León
24/08/2020 - 14:55
Brasília

Economistas e representantes dos organismos financeiros internacionais debateram, nesta segunda-feira (24), no Congresso Nacional, o impacto da pandemia na economia brasileira e as possibilidades para o crescimento pós-crise. O teto de gastos esteve no centro do debate.

A representante do FMI, o Fundo Monetário Internacional, Joana Pereira, destacou que a dívidas públicas dos países chegou a níveis nunca antes vistos.

O economista Paulo Nogueira Batista Júnior, ex-diretor do FMI, defendeu que é preciso retomar os investimentos públicos, manter a transferência de renda para os mais pobres, reduzir as isenções fiscais, tributar os mais ricos e rever as atuais regras fiscais, incluindo a do teto de gastos.

Já o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Morgan Doile, defendeu que, diante do crescente déficit fiscal, o país deve buscar o investimento privado, por meio de parcerias. Já para o representante do Bando Mundial, Rafael Moreno, o país deve manter o teto de gastos e realizar as chamadas reformas estruturais.

Também participou do debate, na comissão mista da Covid-19 no Congresso, o diretor do Instituto Fiscal Independente, órgão ligado ao Senado Federal, Felipe Salto. Para o economista, é preciso tomar medidas econômicas para evitar uma deterioração das contas públicas.

Segundo as estimativas mais recentes, a dívida pública, que em dezembro de 2019 estava em torno de 76% do PIB, deve terminar o ano de 2020 em torno de 96% do Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas produzidas no país.

x