Economia este ano deve ter queda de 5,31%, prevê mercado financeiro
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,28% para 5,31%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no Boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central, com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 15 semanas consecutivas.
As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central alteraram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1,77% para 1,78%, neste ano. Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%, há 12 semanas consecutivas.
A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que é 2,5%. O centro da meta é 4%. Para 2021, a meta é 3,75% e tem piso de 2,25%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano.
O mercado financeiro espera que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 2,88% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,25, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.