IBGE: 4 em cada 10 empresas relatam impactos negativos da pandemia
Os efeitos negativos provocados pela pandemia do novo coronavírus continuaram impactando as atividades de quatro em cada dez empresas brasileiras na primeira quinzena de agosto. O dado faz parte da Pesquisa Pulso Empresa, elaborada pelo grupo de Estatísticas Experimentais do IBGE e divulgada nesta terça-feira (15).
Segundo o levantamento, das mais de 3 milhões de companhias em funcionamento no período, 38,6% indicaram que a pandemia afetou negativamente suas atividades. Já para 33,9% o efeito foi pequeno ou inexistente e para 27,5% o impacto foi positivo.
As empresas de maior porte e intermediárias foram as que mais sinalizaram melhora na percepção. Por outro lado, o impacto negativo se manteve maior entre as de pequeno porte, com até 49 funcionários, como explica o coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE, Flávio Magheli.
Entre as dificuldades apontadas pelas pequenas empresas, a principal está relacionada à reposição de estoques, ainda segundo o coordenador do IBGE.
A segunda principal queixa, atrás da dificuldade para repor estoques, é a diminuição nas vendas, que afetou mais de 36% das empresas pesquisadas.
Os setores da construção e do comércio foram os mais afetados no período. Já na indústria, 38,9% relataram impactos pequenos ou inexistentes e, no setor de serviços, a incidência foi de 41,9%.
Entre as regiões, o Nordeste concentrou o menor número de empresas que perceberam reflexos negativos. Por outro lado, o Sudeste foi a região onde as companhias mais sofreram, seguido pelo Norte.
Ainda segundo o IBGE, nove em cada dez empresas mantiveram o quadro de funcionários ao final da primeira quinzena de agosto em relação aos 15 dias anteriores.