Saldo de geração de empregos deve ficar positivo até novembro
Depois de quatro meses registrando um número maior de demissões do que de contratações no mercado formal de trabalho, o saldo de geração de empregos deve ficar positivo até novembro deste ano.
A previsão está no relatório Informe Conjuntural, do terceiro trimestre da CNI – a Confederação Nacional da Indústria.
E a boa notícia é que, mesmo com a pandemia ainda em curso, a geração de emprego já começa a dar sinais de recuperação. Segundo dados do Caged – o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - o saldo de empregos entre janeiro e agosto foi negativo em 849 mil postos de trabalho. Mas, o bimestre julho-agosto, analisado em separado, apresentou um saldo positivo em todos os setores.
E a tendência é que esses números permaneçam positivos, como detalha o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O consultor financeiro e ex-membro do Conselho Federal de Economia, Luiz Alberto Machado, alerta que, embora seja positiva, essa retomada não será capaz de recuperar todos os postos de trabalho perdidos ao longo da pandemia.
A retomada do emprego também não será linear. Alguns setores vão apresentar mais lentidão para se recuperar do que outros, como é o caso do de serviços, onde se encontra grande parte de prestadores informais – e que ainda estão com os trabalhos suspensos ou com pouco movimento por causa dos receios da pandemia.
Apesar de um saldo positivo, o resultado anual apontado pelo Informe Conjuntural é de que o Brasil encerre 2020 com saldo negativo de cerca de 850 mil postos de trabalho fechados, e taxa média de desocupação de 13,5% - 1,6 ponto percentual acima do registrado em 2019.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios – a PNAD contínua do IBGE, mais de 13 milhões de brasileiros estavam desocupados no terceiro trimestre, encerrado em julho deste ano.
