Incerteza na economia registra queda em dezembro
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE), medido pela Fundação Getulio Vargas, recuou 3,5 pontos em dezembro, na comparação com novembro, encerrando o último mês do ano em 142,3 pontos. O desempenho está 27,2 pontos acima do nível de fevereiro, antes do início da pandemia no Brasil. No acumulado de doze meses, o indicador teve alta de 30 pontos.
O resultado também ficou 5,5 acima do nível máximo já alcançado pelo país, em setembro de 2015, quando agências de classificação de risco para investimentos rebaixaram a nota do Brasil.
O indicador mede a incerteza da economia brasileira, a partir de informações coletadas nos principais jornais brasileiros, no comportamento do índice Ibovespa e nas expectativas do mercado financeiro.
A economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, Ana Carolina Gouveia, explicou que o ideal é que o indicador esteja abaixo de 100 pontos, considerado o nível de neutralidade, no qual incertezas não estariam influenciando a economia.
Ana Carolina avalia, no entanto, que o recuo de dezembro foi positivo - influenciado pelas notícias do início da vacinação contra o novo coronavírus em vários países - mas poderia ter sido maior.
A série histórica do Indicador de Incerteza da Economia teve início em janeiro de 2000. A média do indicador a partir da crise de 2015 até fevereiro deste ano estava em torno de 115 pontos, nível considerado desconfortável para que o empresariado invista e famílias voltem ao consumo. Durante a pandemia essa média subiu para 164.