Búzios foi a cidade que mais teve dependência do auxílio emergencial
Búzios, na região dos lagos, liderou a lista de municípios do Rio de Janeiro mais dependentes do auxílio pago pelo governo federal para diminuir os efeitos econômicos da pandemia. Mais da metade da população do município, 58%, recebeu o benefício emergencial.
A informação faz parte de um estudo da assessoria fiscal da Assembleia Legislativa fluminense. A pesquisa comparou também a dependência do auxílio na região metropolitana do Rio de Janeiro com a situação em outras capitais do sul e sudeste do país. E concluiu que as cidades fluminenses no entorno da capital estão entre as mais dependentes do benefício.
Nesta comparação, Magé, Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada, foram as três cidades com maior dependência entre as regiões metropolitanas, onde cerca de 39% da população recebeu o auxílio emergencial.
Entre as 10 primeiras mais dependentes nas regiões metropolitanas do sul e sudeste, oito são do Rio de Janeiro. Completam a lista Fazenda Rio Grande, no Paraná, e Guarapari, no Espírito Santo.
O coordenador do estudo e chefe da assessoria fiscal da Alerj, Mauro Osório, destaca que os dados alertam sobre o impacto da falta do auxílio nesse início de 2021, já que o estado teve mais de 5 milhões de pessoas que receberam o benefício em 2020. Ele explica porque cidades turísticas tiveram tanta dependência do auxílio em comparação a outros municípios do Rio.
O estudo mostra ainda que entre os 92 municípios do estado, Niterói, na região metropolitana, foi o que teve a menor porcentagem da população dependente do auxílio, de 26% ou 1/4 da população, mas ainda assim considerado pelo economista alto em uma cidade com a maior renda per capita do estado. Para Mauro Osório, os dados mostram a gravidade da situação social brasileira e especialmente do Rio de Janeiro.
O auxílio emergencial começou a ser pago pelo governo federal em abril de 2020. A última parcela foi depositada em dezembro, sendo que o cronograma de saques vai até o dia 27 de janeiro. O valor, inicialmente de R$ 600, caiu depois para R$ 300 reais. Entre os estados do Sudeste, o Rio teve mais inscritos no programa, 32% da população recebeu o benefício.