O volume dos serviços prestados no Brasil apresentou queda de 4% em março, na comparação com o mês anterior. O resultado fez com que o setor voltasse a operar abaixo do nível pré-pandemia de covid-19. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. O baixo desempenho também eliminou boa parte do ganho de 4,6% de fevereiro, quando o indicador superou, pela primeira vez, o patamar anterior à crise sanitária.
Na comparação com março de 2020, no entanto, o setor teve alta de 4,5%, após 12 taxas negativas consecutivas. Em 12 meses, o volume de serviços prestados no país amargou queda de 8%.
O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, explica que o movimento de recuperação vinha sendo observado desde junho do ano passado. Mas, com a queda apontada nesta edição da pesquisa, o setor encontra-se 2,8 % abaixo do resultado de fevereiro de 2020, período que antecedeu as medidas para conter o novo coronavírus.
Três das cinco atividades investigadas pelo IBGE tiveram queda, com destaque para os serviços prestados às famílias, que registraram tombo de 27%, maior taxa negativa desde abril de 2020. Também contribuíram para o índice as quedas nos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios e os segmentos profissionais, administrativos e complementares.
Segundo o gerente da sondagem, o resultado dessas atividades retrata o recrudescimento das medidas restritivas diante do avanço da pandemia no país.
Por outro lado, apresentaram alta na passagem de fevereiro para março os serviços de informação e de comunicação.
A retração apontada pela Pesquisa Mensal de Serviços foi observada em 14 das 27 das unidades da federação, com destaque para São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Mato Grosso registrou a principal alta de março em termos regionais.