A venda de alimentos nas ruas garante o sustento de muitos trabalhadores informais, que não conseguem entrar no mercado de trabalho. Mas, ao mesmo tempo, provoca a reclamação do setor bares e restaurantes, que se queixa da perda de movimento em seus comércios.
Os empresários de bares e restaurantes, a alimentação informal não paga impostos, nem tem fiscalização sanitária e assim se torna uma concorrência desleal. É o que alega o presidente do Sindhobar, o Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília, Jael Silva: "O ambulante que está na rua não tem compromisso com nada, nem mesmo com a segurança alimentar."
Para tentar uma solução, empresários do setor no Distrito Federal pedem um plano de combate ao crescimento na oferta informal de marmitas e comidas de rua.
Mas, o setor de comércio de alimentação de rua também gera emprego, renda, sustento para a família, e ainda paga imposto como o MEI, o Microempreendedor Individual, como explicou Luciomar Avelino, empreendedor ambulante há dez anos, em Brasília.
Em 2016, o país já registrava meio milhão de brasileiros atuando como ambulantes de alimentação. E com a chegada da pandemia de covid, que impactou o mercado de trabalho formal, esse número aumentou. Em junho deste ano, um levantamento da Associação Nacional de Restaurantes, em parceria com a consultoria Galunion e com o Instituto Foodservice Brasil, revelou que 71% dos bares e restaurantes brasileiros já têm dívidas por conta da pandemia .